Enquanto diversas capitais brasileiras iniciam 2025 com reajustes significativos nas tarifas de ônibus, o município de Maricá, no Rio de Janeiro, mantém-se como uma referência nacional em mobilidade urbana ao assegurar a tarifa zero em todo o transporte público municipal. A diferença entre os dois cenários evidencia a importância de políticas públicas voltadas para a acessibilidade e a redução de custos para a população.

Entre as capitais, Florianópolis registrou o maior aumento percentual nas tarifas, com o preço da passagem atingindo R$ 6,50. O reajuste foi justificado pela necessidade de cobrir os custos operacionais e equilibrar os subsídios municipais.

No Rio de Janeiro, a tarifa de ônibus foi reajustada para R$ 4,70. Em São Paulo, os usuários enfrentaram aumentos nas tarifas de ônibus, metrô e trem, com os preços subindo para R$ 5,00 e R$ 5,20, respectivamente.

Enquanto isso, Maricá segue na contramão desse cenário ao oferecer transporte público totalmente gratuito, eficiente e de qualidade. Desde 2014, o município implantou a tarifa zero, garantindo que todos os cidadãos possam se deslocar sem custos dentro do território municipal. O modelo é financiado pelo governo municipal e tem gerado impactos positivos na economia local, no acesso a serviços e na qualidade de vida.

Além disso, Maricá demonstra que o transporte público gratuito pode ser uma ferramenta de inclusão social e um incentivo ao uso do transporte coletivo, contribuindo para a redução do trânsito e das emissões de carbono. A cidade é frequentemente citada como exemplo para a possível implementação desse sistema em outros municípios.

O contraste entre cidades que reajustam tarifas e aquelas que buscam alternativas, como a tarifa zero, destaca a importância de um debate nacional sobre modelos sustentáveis e inclusivos de mobilidade urbana. Em um contexto de inflação e dificuldades econômicas, o aumento das tarifas penaliza, sobretudo, as camadas mais vulneráveis da sociedade.

A experiência bem-sucedida de Maricá reforça a viabilidade de alternativas que priorizem o cidadão, especialmente em cidades que dispõem de recursos para subsidiar o transporte público.